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Passeio por Ouro Preto (MG) leva visitante ao século 18


11/12/2017 às 18h41

Nesta sexta-feira (28), o Tô de Folga é com o repórter Alessandro Torres. Ele saiu de Fortaleza, no Ceará, e foi para a cidade histórica de Ouro Preto, em Minas Gerais. Alessandro se surpreendeu com a arquitetura das casas e prédios. Subiu e desceu ladeiras visitando museus e igrejas, e o passeio terminou com uma viagem de trem até Mariana, uma cidade vizinha de Ouro Preto, também histórica. Veja como foi o passeio:

"Pouco mais de uma hora e meia de viagem, partindo de Belo Horizonte, e a cidade que eu sempre quis conhecer aparece Graciosa, encravada nas montanhas. Na entrada de Ouro Preto, ruas estreitas me levam num túnel do tempo ao século 18.

Logo na chegada, a gente se depara com a Praça Tiradentes, o ponto mais famoso da cidade. No monumento ficou exposta a cabeça do líder da Inconfidência Mineira Joaquim José da Silva Xavier. E, agora, eu vou pegar meu roteirinho com os principais pontos turísticos da cidade, aconselho todos os turistas a fazerem o mesmo com um mapa, e escolher os locais que eu vou visitar primeiro.

No Museu da Inconfidência, quem gosta de história, como eu pode passar horas admirando o acervo de objetos usados pelos índios, portugueses, escravos. Os túmulos dos inconfidentes, que sonhavam com o Brasil independente de Portugal, estão aqui. Do mais conhecido deles, Tiradentes, tem objetos pessoais, a sentença da rainha de Portugal que o condenou à morte, e as traves usadas na forca. Até o prédio, que já teve uma cadeia, conta muito do que aconteceu aqui.

Depois que você entra, que você entende a história é que se percebe o que foi tudo isso. A gente imagina o sofrimento que as pessoas passaram naquela época, como foram condenados até, muitas pessoas provavelmente acabaram morrendo neste local, então a gente vê o que se passou, um pouco da história mesmo.

Nas ruas de casarios, obrigatoriamente preservados, o passado está o tempo todo diante dos olhos. O Museu do Oratório me leva a pensar na relação da fé com a riqueza da época: quase todo mundo tinha um em casa, mas, quanta diferença entre o oratório do pobre e o do rico.

Por falar nisso, no Museu da Casa dos Contos a gente vê que os escravos, que dormiam em senzalas como as que eram responsáveis até pela Fundição das Moedas com as quais eram comprados e explorados.

Na visita entre um museu e outro, você pode ir até um parque chamado Vale dos Contos. Ele fica bem no meio da cidade e ainda mantém a mata preservada, inclusive com corredeiras. O segundo jardim botânico do Brasil é o espaço ideal, para quem percorre tantas ladeiras entre uma visitação e outra, poder relaxar e contemplar a natureza.

Difícil é escolher uma das igrejas bicentenárias para visitar. Vou logo à de São Francisco de Assis. Bem em frente à feirinha de artesanato, ela reúne as obras de Aleijadinho no altar e a pintura de Mestre Ataíde no teto, que parece nos levar até o céu.

Eu fiquei curioso para saber de onde veio o ouro que ornamenta as igrejas, então, vou até a mina de Santa Rita, uma das primeiras de Minas Gerais. Com um jeito próprio, o guia Jeferson dos Santos me dá a maior aula de história que já tive.

“Tente imaginar que para cada mil quilos de rocha, em torno de 12 gramas de ouro. E nas argilas onde estava mais concentrado é chamado de veia. E um dito popular: "acertei. Deu na veia", era quando achava os veios de quartzo e a moscovita achou a veia. Pode cavar que a mina está produtiva".

Andando com dificuldade pela mina, descubro os horrores que os escravos viviam. A maioria dos escravos que trabalhava nas minas ficava surdos devido ao barulho muito intenso, ficavam cegos devido às partículas que batiam nos olhos e o pior mal era a sílica que ia para os pulmões transformando-os em pedra. Começavam aos cinco anos, aos 17 já estavam morrendo afogados no seco, e a coisa era mais ou menos assim, o dia inteiro, maus tempos.

Em um momento da exploração da mina, Jeferson convida os visitantes a sentirem exatamente os que os escravos sentiam. Os visitantes percebem como é que os escravos ficavam 12, 15 horas por dia só à luz de candeeiro, numa posição extremamente desconfortável, num lugar totalmente fechado, úmido. E aí, quem chega, vai levar a sensação para o resto da vida como a memória de um dos capítulos mais cruéis da história da humanidade que foi a escravidão.

Chegando a hora de me despedir de Ouro Preto, faço isso em grande estilo: num percurso de trem que foi projetado por Henrique Dumond, pai de Santos Dumond e inaugurado por Dom Pedro II. O passeio, de uma hora, leva à também cidade histórica de Mariana. Do vagão panorâmico contemplamos montanhas, cachoeiras, rios e entramos nos túneis construídos no final do século 19.

Agora a gente está na metade do percurso, que é o trecho com mais declive, mais curvas e também a beira de um vale com Mata Atlântica, a gente percebe a diferença na vegetação. Então, para todos nós turistas, fica a sensação de que a viagem vai ficando mais bonita à medida que o trem avança.

Não sou o único deslumbrado tirando fotos todo hora. Na chegada à Mariana, já sinto saudades da Ouro Preto que conheci e que nunca vou esquecer."


Passeio por Ouro Preto (MG) leva visitante ao século 18


11/12/2017 às 18h41

Nesta sexta-feira (28), o Tô de Folga é com o repórter Alessandro Torres. Ele saiu de Fortaleza, no Ceará, e foi para a cidade histórica de Ouro Preto, em Minas Gerais. Alessandro se surpreendeu com a arquitetura das casas e prédios. Subiu e desceu ladeiras visitando museus e igrejas, e o passeio terminou com uma viagem de trem até Mariana, uma cidade vizinha de Ouro Preto, também histórica. Veja como foi o passeio:

"Pouco mais de uma hora e meia de viagem, partindo de Belo Horizonte, e a cidade que eu sempre quis conhecer aparece Graciosa, encravada nas montanhas. Na entrada de Ouro Preto, ruas estreitas me levam num túnel do tempo ao século 18.

Logo na chegada, a gente se depara com a Praça Tiradentes, o ponto mais famoso da cidade. No monumento ficou exposta a cabeça do líder da Inconfidência Mineira Joaquim José da Silva Xavier. E, agora, eu vou pegar meu roteirinho com os principais pontos turísticos da cidade, aconselho todos os turistas a fazerem o mesmo com um mapa, e escolher os locais que eu vou visitar primeiro.

No Museu da Inconfidência, quem gosta de história, como eu pode passar horas admirando o acervo de objetos usados pelos índios, portugueses, escravos. Os túmulos dos inconfidentes, que sonhavam com o Brasil independente de Portugal, estão aqui. Do mais conhecido deles, Tiradentes, tem objetos pessoais, a sentença da rainha de Portugal que o condenou à morte, e as traves usadas na forca. Até o prédio, que já teve uma cadeia, conta muito do que aconteceu aqui.

Depois que você entra, que você entende a história é que se percebe o que foi tudo isso. A gente imagina o sofrimento que as pessoas passaram naquela época, como foram condenados até, muitas pessoas provavelmente acabaram morrendo neste local, então a gente vê o que se passou, um pouco da história mesmo.

Nas ruas de casarios, obrigatoriamente preservados, o passado está o tempo todo diante dos olhos. O Museu do Oratório me leva a pensar na relação da fé com a riqueza da época: quase todo mundo tinha um em casa, mas, quanta diferença entre o oratório do pobre e o do rico.

Por falar nisso, no Museu da Casa dos Contos a gente vê que os escravos, que dormiam em senzalas como as que eram responsáveis até pela Fundição das Moedas com as quais eram comprados e explorados.

Na visita entre um museu e outro, você pode ir até um parque chamado Vale dos Contos. Ele fica bem no meio da cidade e ainda mantém a mata preservada, inclusive com corredeiras. O segundo jardim botânico do Brasil é o espaço ideal, para quem percorre tantas ladeiras entre uma visitação e outra, poder relaxar e contemplar a natureza.

Difícil é escolher uma das igrejas bicentenárias para visitar. Vou logo à de São Francisco de Assis. Bem em frente à feirinha de artesanato, ela reúne as obras de Aleijadinho no altar e a pintura de Mestre Ataíde no teto, que parece nos levar até o céu.

Eu fiquei curioso para saber de onde veio o ouro que ornamenta as igrejas, então, vou até a mina de Santa Rita, uma das primeiras de Minas Gerais. Com um jeito próprio, o guia Jeferson dos Santos me dá a maior aula de história que já tive.

“Tente imaginar que para cada mil quilos de rocha, em torno de 12 gramas de ouro. E nas argilas onde estava mais concentrado é chamado de veia. E um dito popular: "acertei. Deu na veia", era quando achava os veios de quartzo e a moscovita achou a veia. Pode cavar que a mina está produtiva".

Andando com dificuldade pela mina, descubro os horrores que os escravos viviam. A maioria dos escravos que trabalhava nas minas ficava surdos devido ao barulho muito intenso, ficavam cegos devido às partículas que batiam nos olhos e o pior mal era a sílica que ia para os pulmões transformando-os em pedra. Começavam aos cinco anos, aos 17 já estavam morrendo afogados no seco, e a coisa era mais ou menos assim, o dia inteiro, maus tempos.

Em um momento da exploração da mina, Jeferson convida os visitantes a sentirem exatamente os que os escravos sentiam. Os visitantes percebem como é que os escravos ficavam 12, 15 horas por dia só à luz de candeeiro, numa posição extremamente desconfortável, num lugar totalmente fechado, úmido. E aí, quem chega, vai levar a sensação para o resto da vida como a memória de um dos capítulos mais cruéis da história da humanidade que foi a escravidão.

Chegando a hora de me despedir de Ouro Preto, faço isso em grande estilo: num percurso de trem que foi projetado por Henrique Dumond, pai de Santos Dumond e inaugurado por Dom Pedro II. O passeio, de uma hora, leva à também cidade histórica de Mariana. Do vagão panorâmico contemplamos montanhas, cachoeiras, rios e entramos nos túneis construídos no final do século 19.

Agora a gente está na metade do percurso, que é o trecho com mais declive, mais curvas e também a beira de um vale com Mata Atlântica, a gente percebe a diferença na vegetação. Então, para todos nós turistas, fica a sensação de que a viagem vai ficando mais bonita à medida que o trem avança.

Não sou o único deslumbrado tirando fotos todo hora. Na chegada à Mariana, já sinto saudades da Ouro Preto que conheci e que nunca vou esquecer."



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